domingo, 16 de dezembro de 2012

Na região do Seridó produção de queijo caiu 40%


Tribuna do Norte - Após um ano inteiro de escassas e fracas chuvas, a cadeia produtiva do leite, que é uma das principais fontes de riqueza de regiões como o Seridó, passa por dificuldades. Seja pela falta da matéria-prima ou pelo aumento do preço, vender queijo, leite e iogurte tem sido menos lucrativo.
E até o início do próximo período chuvoso não há perspectivas de melhora. Em Currais Novos, a produção já sofre uma baixa de 40%. Já em Caicó a produção foi retomada, mas com uma diminuição nas vendas, por conta do preço. Na Fazenda Estreito, Ubirajara Lopes de Araújo, 66 anos, passou a comprar bagaço de cana-de-açúcar de usinas localizadas nos Estados da Paraíba, onde o produto é mais barato. O açude da propriedade fornecia água para o gado.
De acordo com Mariano Coelho, gerente da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Seridó (Cersel), a produção de queijo e iogurte caiu 40% em relação ao ano passado. Coelho também foi um dos entrevistados no projeto "Pelos caminhos da seca", da TRIBUNA DO NORTE, em maio deste ano. Novamente perguntado acerca dos efeitos da estiagem, o gerente diz que a situação não piorou. Todavia também não melhorou.
"Esperávamos uma diminuição de 60% até dezembro, mas conseguimos manter as perdas em 40%, o que ainda é muito ruim", aponta. De acordo com Alana Kaline, uma das administradoras da Queijeira, a oferta de leite teve uma recuperação. Distribui-se hoje cerca de 10% a menos que num período normal. Contudo, o inevitável encarecimento do produto diminuiu a venda em pelo menos 30%. Os produtos estão encalhando, lamenta.

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