O delegado da 7ª Delegacia Regional de Pat/RN, Sandro Regis Souza Soares, está dando seguimento a investigação em torno da morte de um menor de 15 anos de idade e do soldado Julimar Alves Ferreira, fato ocorrido no domingo, (07), por volta das 14hs30min na zona rural de Patu. O policial matou o adolescente e depois se matou.
Em entrevista ao Blog, (Sidney Silva) o delegado disse que cumpriu na manhã desta quinta-feira, (11), mandado de busca e apreensão na residência do policial Julimar. Lá, foram recolhidos diversos objetos, inclusive um aparelho celular que continha vários videos, que mostram claramente a relação de intimidade que tinham, vítima e acusado.
Em um dos vídeos, inclusive, feito um dia antes do crime, no sábado, (06), o policial Julimar relata para o menor que está passando por problemas graves em sua vida, e que ele sabia do que estava falando. Ele queria reatar o relacionamento que estava acabado.
“Se der errado, você já sabe o que vai acontecer“, disse o policial no vídeo. No momento que diz isso, leva a mão a cabeça simulando uma arma de fogo.
O soldado Julimar respondia processos judiciais por causa de envolvimento com grupos de assaltos. Estava prestes a ser expulso da Polícia Militar.
Nos últimos dias foram ouvidas dezenas de pessoas, inclusive o adolescente que testemunhou o crime. Sobre essa oitiva, o delegado disse que o jovem contou a sua versão.
“Eles estavam de moto deixando o evento de motocross, e o policial Julimar os seguiu. A vítima do crime percebeu e em determinado lugar pediu ao amigo para parar, pois, ia descer e correr. Assim ele fez. O policial continuou a segui-lo. O adolescente pulou uma cerca, mas, o policial o alcançou“, disse.
No relato, o adolescente contou que quando o policial alcançou o adolescente, atirou primeiro nas pernas, o que fez a vítima cair. Nesse momento, Julimar se aproximou e disse: “tá vendo o que você fez?” Nesse instante atirou novamente matando o garoto. Em seguida apontou a arma para a cabeça e atirou.
O adolescente ainda chegou a ser socorrido para o Hospital, mas, chegou sem vida.
O corpo do policial ficou no local aguardando a chegada do ITEP.
O delegado Sandro Regis, disse que a arma do crime foi levada, mas, durante a investigação surgiram informações sobre o seu paradeiro.
“Nós já pedimos um mandado de busca a Justiça, e estamos certos de que vamos encontrar a arma do crime, e quem levou será responsabilizado, podendo responder, haja vista, que a pessoa pode até não ter permissão para uso, e tal, enfim, vamos aguardar“, disse.
Sidney Silva
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